sábado, outubro 31, 2009

O diário de um sonho
















Já dizia Raulzito: “Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”, pois eu tive um sonho e resolvi compartilhá-lo para realizá-lo. Há anos que sou fã do Grupo Tholl, apaixonada de carteirinha pela sua arte, por suas cores e coreografias. Desde a primeira vez que vi sua apresentação, me vi como uma criança que deslumbrasse ao ver pela primeira vez o palhaço do circo. Mordida pela magia do Tholl quis dividir esse momento com meus alunos. Mas como levar um grupo de alunos em um espetáculo pago e longe da escola? Plantei a sementinha do desejo em meus alunos. Restava agora correr atrás da verba para o ingresso e de um meio de transporte, onde todos pudessem ir.

terça-feira, outubro 20, 2009

A Estrada dos Tijolos Amarelos



Tudo que vemos, ouvimos ou lemos serve para aprender e refletir. Pois nestas idas e vindas acabei por ver O mágico de Oz. O que aprendi? Que não devemos fugir de casa num dia de vendaval, mas uma curiosidade leva a outra. Aprendemos por caminhos estranhos. Descobri que o leãozinho símbolo do instituto do câncer infantil é inspirado no Mágico de Oz. Porque o leão? Porque para enfrentar o câncer é preciso coragem. A estrada dos tijolinhos amarelos foi feita com doações para a construção do Instituto. Não foi preciso O Mágico de Oz, intervir, bastou a solidariedade e o esforço da sociedade. Não é só nas horas difíceis que precisamos de coragem. Precisamos ter em mente que todos somos meios leões, meio espantalhos ou homens de lata. É preciso agir, hora com o cérebro, hora com o coração e não ter medo de errar. É preciso seguir sempre em frente. No filme, ao dirigir-se rumo à Cidade das Esmeraldas, a menina, Dorothy, parte do início da estrada dos tijolinhos amarelos. Uma longa jornada sempre deve ter um começo, e é vencida passo a passo. Assim é o saber, das primeiras letras a faculdade, um longo caminho. E quando chegamos ao fim descobrimos que felizmente existem várias outras estradas, que podem ser seguidas e que nos levam a outros a outros horizontes. A onde você quer ir? É só escolher uma das estradas e dar o primeiro passo.

sexta-feira, outubro 16, 2009

Professora e Aluna, fazendo milagres


“Belos dias como estes, fazem o coração bater ao compasso de uma musica que nenhum silêncio poderá destruir. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver”.
Helen Keller



Recentemente vi o filme “O milagre de Anne Sullivan”, nem é preciso dizer que adorei o filme. Gostei tanto que resolvi compartilhar essa experiência através do meu blog. O filme que vi foi uma versão de 1962, e descobri que teve uma versão mais recente feita para a televisão, neste inclusive segundo me contaram aparece a verdadeira Helen Keller (no final do filme, através de arquivos pessoais e documentais da época em que vivera). Não parei no filme e fiz uma breve pesquisa a respeito de Helen Keller. O filme foi baseado na história da vida de Helen Keller (1880-1968). Esta incrível mulher ficou cega e surda com poucos meses de vida. Segundo conta o filme vivia quase como uma selvagem por não poder comunicar-se com a família. Anne Sullivan, que passou a ser sua professora e companheira até morrer em 1936, é contratada com a dura missão de ensinar algo a pequena Helen, pouco antes dela completar os sete anos de idade. No filme Anne passa uns maus bocados para tentar ensinar um pouco de civilidade a mimada e esperta Hellen. Por fim acontece o “milagre” e Helen passa a associar as palavras soletradas por gestos em sua mão e consegue descobrir o véu da ignorância que a cercava. Helen nunca conseguiu ver, pelo menos como nos, mas a partir de então nada mais a impediu de ser um ser humano pleno. Aprendeu a falar, e não só o inglês, mas também francês, latim e alemão. Aprendeu a ler e escrever, e escreveu muito, tendo diversos livros editados. Formou-se em filosofia e fez conferências pelo mundo afora, inclusive no Brasil, onde esteve em 1953 quando foi homenageada pelo governo brasileiro. O seu livro “a história de minha vida”, virou uma peça, que virou um filme, que está agora no meu blogger. Helen Keller estava viva quando filmaram a primeira versão cinematográfica. Só veio a falecer em 1968. Com o titulo original Miracle Worker, cuja tradução não saberia dizer, pois junta as palavras milagre e trabalhador (O milagre trabalhado?), mas que foi traduzido para o Brasil como “O milagre de Anne Sullivan” e para Portugal como “O Milagre de Helen Keller”. E é justamente a partir deste título que faço minha reflexão. Segundo uma concepção construtivista o título mais adequado seria “O milagre de Helen Keller”, pois o conhecimento que teria levado a menina a falar teria partido dela própria. Somente a partir do conceito de água que a aluna trouxe é que foi possível dar significado aos sinais (significado) que a professora lhe apresentou. O conhecimento parte do aluno, o professor apenas facilitou o seu aprendizado. Porém, o título brasileiro faz uma justa homenagem ao esforço e dedicação da professora Anne, apesar de utilizar métodos pouco aconselháveis para os dias de hoje. Recomendo este filme, pois é muito lindo e emocionante, mais que isso, a história da vida de Helen Keller é um exemplo de coragem, persistência, fé e amor a vida. Ainda quero ver as versões de 1979 e a de 2000 ( da Disney )! Vale a pena ver esse filme e descobrir um pouco mais dessa mulher, que foi uma das grandes personalidades do século passado.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Ajudando a ouvir



Neste semestre, estamos aprendendo LIBRAS e ao longo de nosso curso estamos aprendendo a trabalhar com alunos que possuem diferentes tipos de necessidades especiais. Nos últimos dias, me dei conta de quanto uma simples informação ou ferramenta pode facilitar a vida dessas pessoas. A linguagem de sinais é inegável como uma ferramenta que permite as pessoas surdas se comunicarem e interagirem com o meio, mas oque me levou a escrever foram duas coisas que utilizo e que podem facilitar a vida de deficientes visuais. Um deles é o programa Text Aloud. Este software transforma qualquer texto escrito em som. Seja ele “.txt”, “.doc” ou “.pdf”, é possível escutá-lo através de uma narração em português perfeitamente audível e inteligível. É possível através dele gerar um arquivo de som tipo “wave” ou “mp3”. Talvez estas siglas sejam tão complicadas para você quanto eram para mim. Precisei de um pouco de ajuda para poder expressar oque queria dizer. Resumindo é possível pegar um texto escrito e escutá-lo a qualquer momento e em qualquer lugar. Se facilita a minha vida, imagine a vida de um deficiente visual. Desta maneira, todo e qualquer livro está disponível para quem os quiser escutar. Além dos milhares e E-Books, já disponíveis, é possível digitalizar aqueles que ainda faltam. Democratiza-se assim o conhecimento. O outro recurso que gostaria de mencionar é o celular da Motorola, ZN5. Este aparelho permite navegar por todos os seus menus através de uma voz sintética, um tanto parecida com a do Text Aloud, que permite ao usuário saber exatamente oque está fazendo sem ao menos enxergar a tela. Se antes não era possível a um deficiente visual ler seus torpedos, agora o Motorola ZN5, faz a sua leitura. Para mim, não representa nenhuma utilidade especial, mas divulgar esta e outras tecnologias certamente serão notícias bem-vindas àqueles que delas necessitam. Às vezes, um pouco de empatia e informação pode facilitar a vida de outros.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Um estrangeiro em uma terra estranha


Como você se sentiria sendo um estrangeiro em uma terra estranha? Um país onde ninguém falasse a sua língua e você não entendesse nada desta língua, costumes ou qualquer uma de suas simbolizações? Se você não entendesse nem sequer um simples sinal de trânsito ou a indicação de banheiro feminino e masculino? Que terra estranha e difícil de viver, você poderia até sentir-se mal, mas como acha que seria tratado? Por aqueles que vivessem neste mundo. Por analogia podemos dizer que esse é o mundo de Jonas. No filme "O nome dele é Jonas", o garoto não compreende a grande maioria das coisas que passam a sua volta. E por sua vez, não se faz compreender. As portas da comunicação estão chegadas, nem todo o amor de sua mãe lhe permite aproximar-se do filho. A sociedade, inclusive seu próprio pai, já não possuem a mesma paciência e interesse em tentar compreender Jonas. A primeira escola, a qual passa a frequentar não lhe dá suporte para decifrar a linguagem deste mundo que o cerca. Jonas é o estranho numa terra estranha. Se você fizesse um exercício de mentalização colocando-se como este estrangeiro, do qual me referia, talvez compreenda um pouco do que quero dizer. De nada adianta a criação de símbolos, sinais, ícones, convenções e a própria escrita, se o significante não chega a um indivíduo que interpretará os seus significados. Jonas tem ao seu redor um universo que utilizamos para comunicarmos, mas ele não sabe interpretá-los. A mensagem não chega ao interlocutor. Somente quando ele passa a compreender e interagir, através da linguagem de sinais, é que ele consegue entrar neste novo mundo que até então não lhe era permitido. Jonas deixa de ser um estrangeiro em sua própria terra!

terça-feira, outubro 06, 2009

LIBRAS

Pesquisando sites e vídeos sobre a comunidade surda, esse vídeo chamou minha atenção, pois podemos perceber bem a importância da expressão facial na língua de sinais.