terça-feira, setembro 30, 2008

Neste final-de-semana estava lendo um livro da Martha Medeiros e encontrei uma crônica que fez reviver em mim a lembranças da última presencial de Psicologia da Vida Adulta, 03/9, e lembrou-me também uma colega, que fez questão de dizer que é vó, mas uma vó diferente daquelas que estávamos acostumados a encontrar por aí. A vovó moderninha em voga é a Elisabeth, deixo aqui minha homenagem não apenas para ela, mas para todas as "vovósuvas" do PEAD, incluindo a Íris que é uma vovó totalmente cibernética.

Vovó é uma uva
A palavra avó nos remete À infância, quando passávamos o domingo numa casa cheirando à comida, com toalhinhas de crochê decorando todos os ambientes e um quarto sempre na penumbra, com móveis de madeira maciça e uma enorme cadeira de balanço, onde cochilava a matriarca. Parece com a casa da sua avó também? Pois guarde esta imagem na lembrança, pois ela não se reproduzirá tão cedo. Já não se fazem mais avós como antigamente.
Os esteriótipos não são criados do nada: as avós eram assim mesmo, de cabelo branco e óculos pendurados no nariz. Toda família que se preze teve sua Dona Benta, e a imagem é tão forte que até hoje os comerciais de tevê insistem em caracterizar as vovós como senhoras idosas, rechonchudas, com aventais amarrados na cintura, cabelos presos num coque e aquele ar de quem não faz outra coisa na vida a não ser torta de amoras. E os avôs? Seja na televisão ou no rádio, todos têm voz de Papai Noel, enquanto que, na realidade, os avôs da nova era estão mais para Mick Jagger, que aliás, já tem um neto. Acorde: os avós de hoje não lembram mais das canções de ninar, mas sabem de cor a letra de Satisfaction.
Quer dizer que o lobo mau conseguiu engolir nossa vovozinha? As que usavam toquinha e tinham voz rouca foram papadas, sim, meus pêsames. Mas olhe agora, o que vemos? Avós de jeans, dirigindo jipes, cabelo pintado, óculos escuros. Avós que trabalham, que viajam, qu dão festas, que namoram. Avós que fazem lipo, aeróbica, jogam paddle e suspiram não pelo Lima Duarte, mas pelo Victor Fasano. Será que elas sabem pregar um botão? Não custa tentar, mas se a empreitada der errado, não complique. Ela terá o maior prazer em levar a netinha para comprar uma roupa nova no shoppin. E o almoço de domingo? Também mudou. As avós de hoje não andam dispostas a engordar nem um grama com macarronadas familiares e muito menos a quebras as garras vermelhas lavando panelas. Que tal um buffet frio, muita água mineral e salada de frutas? Combinado, ela entra com a água.
Netos e netas, não se sintam desamparados. As avós de hoje são muito mais participantes. Podem não lembrar direito das histórias de Gulliver, Pele de Asno ou O Gato de Botas, mas têm históriazs pessoais tão encantadoras quanto. São mais divertidas e menos preconceituosas. Têm mais saúde e disposição para enfrentar parques, teatrinhos, zoológicos. E o fato de buscarem a eterna juventude não lhes tirou um pingo do afeto que sentem pela terceira geração. Ao contrário: nunca vi tantas avós apaixonadas por seus netos. É um amor enorme, desinteressado, sem ônus do compromisso, só do prazer. Sempre foi assim, mas agora há um fator novo: hoje as mulheres têm menos filhos, e em conseqüência, menos netos. Antigamente a família era gigantesca, e não havia memória que chegasse para lembrar o nome de toda a criançada. Hoje são só dois ou três, dá até para providenciar um mini-hotelzinho em casa para hospedá-los no final-de-semana. Tem mais: o limite de idade para engravidar foi muito ampliado, e hoje uma mulher poder ser mãe e avó quase ao mesmo tempo, encurtando as diferenças entre uma e outra. Se por um lado estamos perdendo a imagem romântica da avó que cozinha, faz tricô e tem roseiras no quintal, por outro estamos ganhando uma avó bonitona, que tem o maior orgulho ao falar de nós para as amigas e que sempre estará disposta a nos dar um colo. Desde que esteja com uma roupa de microfibra, bem entendido.
O amor, que é o que interessa, não mudou. Mas mudaram as avós. Danuza Leão, Baby Consuelo, Constanza Pascolato e tantas outras mulheres que falam gírias, bebem cerveja e estão sempre prontas para uma novidade são avós tanto quanto as nossas saudosas velhinhas de casaquinho nos ombros. Vera Fischer, Betty Lago e tantas outras gatas desta geração também já têm filhos adolescentes que não tardaram a procriar. Passarão, como toda mulher, pela menopausa, pela osteoporose e por outros distúrbios da idade, mas certamente não aceitarão o papel de uma avó caseira, bordadeira e sem outra ambição que não seja cuidar dos netos. Sempre se disse que a avó era uma segunda mãe. Pois ela nunca esteve tão parecida com a primeira.
(Texto de Martha Medeiros, extraido do livro Topless – Porto Alegre/entre abril de 1995 e junho de 1997)

domingo, setembro 21, 2008

No dia 14/9 ocorreu o desfile das escolas, do 7 de setembro, em Alvorada. As turmas da 2ª série levaram para avenida o projeto que estamos realizando ao longo do ano, para ilustrar o desfile confeccionamos uma faixa com a frase “Nossas obras e nosso sorriso fazem a diferença”, alguns alunos foram vestidos de “dentistas” e outros eram os “dentes”. O mais interessante é que não apenas os alunos participaram do desfile, mas a família toda, mães, pais e irmãs menores. Nossa manhã de domingo foi muito divertida!

terça-feira, setembro 02, 2008

Transparência na prestação de contas X Ausência de transparência na prestação de contas

Estava fazendo o trabalho de "Organização do Ensino Fundamental", comparando os textos lidos com a realidade da minha escola e fiquei refletindo sobre os últimos acontecidos da mesma. Não foram fáceis todos os problemas que nossa escola passou e que ainda está passando, mas agora está tudo mais tranqüilo, parece - tomara que sim! - que o pior já passou. Recortei um trechinho do trabalho para ficar aqui como reflexão para todos nós:
"Infelizmente estamos todos envolvidos, e somos sim, todos responsáveis por absurdos como esse, mas essas atrocidades acontecem porque alguns falam, perguntam, contestam, reclamam - e são vistos como “chatos”, “oposição” e são deixados de lado e perseguidos – enquanto outros se calam e ainda falam dos que reclamam. A cruel realidade é que não nos unimos em prol da justiça, da dignidade, dos nossos direitos, se todos lutássemos juntos nossa qualidade de vida seria bem melhor e nossas escolas teriam mais condições de gerar uma educação exemplar, já que bons profissionais não nos faltam, falta a eles a vontade de mudar, muitos já perderam a esperança, esqueceram a utopia e agora a sua única preocupação é dar aula, esquecendo que cidadania também se aprende na escola."
Um beijão para todos e ótimo semestre para nós!!!