sexta-feira, outubro 16, 2009

Professora e Aluna, fazendo milagres


“Belos dias como estes, fazem o coração bater ao compasso de uma musica que nenhum silêncio poderá destruir. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver”.
Helen Keller



Recentemente vi o filme “O milagre de Anne Sullivan”, nem é preciso dizer que adorei o filme. Gostei tanto que resolvi compartilhar essa experiência através do meu blog. O filme que vi foi uma versão de 1962, e descobri que teve uma versão mais recente feita para a televisão, neste inclusive segundo me contaram aparece a verdadeira Helen Keller (no final do filme, através de arquivos pessoais e documentais da época em que vivera). Não parei no filme e fiz uma breve pesquisa a respeito de Helen Keller. O filme foi baseado na história da vida de Helen Keller (1880-1968). Esta incrível mulher ficou cega e surda com poucos meses de vida. Segundo conta o filme vivia quase como uma selvagem por não poder comunicar-se com a família. Anne Sullivan, que passou a ser sua professora e companheira até morrer em 1936, é contratada com a dura missão de ensinar algo a pequena Helen, pouco antes dela completar os sete anos de idade. No filme Anne passa uns maus bocados para tentar ensinar um pouco de civilidade a mimada e esperta Hellen. Por fim acontece o “milagre” e Helen passa a associar as palavras soletradas por gestos em sua mão e consegue descobrir o véu da ignorância que a cercava. Helen nunca conseguiu ver, pelo menos como nos, mas a partir de então nada mais a impediu de ser um ser humano pleno. Aprendeu a falar, e não só o inglês, mas também francês, latim e alemão. Aprendeu a ler e escrever, e escreveu muito, tendo diversos livros editados. Formou-se em filosofia e fez conferências pelo mundo afora, inclusive no Brasil, onde esteve em 1953 quando foi homenageada pelo governo brasileiro. O seu livro “a história de minha vida”, virou uma peça, que virou um filme, que está agora no meu blogger. Helen Keller estava viva quando filmaram a primeira versão cinematográfica. Só veio a falecer em 1968. Com o titulo original Miracle Worker, cuja tradução não saberia dizer, pois junta as palavras milagre e trabalhador (O milagre trabalhado?), mas que foi traduzido para o Brasil como “O milagre de Anne Sullivan” e para Portugal como “O Milagre de Helen Keller”. E é justamente a partir deste título que faço minha reflexão. Segundo uma concepção construtivista o título mais adequado seria “O milagre de Helen Keller”, pois o conhecimento que teria levado a menina a falar teria partido dela própria. Somente a partir do conceito de água que a aluna trouxe é que foi possível dar significado aos sinais (significado) que a professora lhe apresentou. O conhecimento parte do aluno, o professor apenas facilitou o seu aprendizado. Porém, o título brasileiro faz uma justa homenagem ao esforço e dedicação da professora Anne, apesar de utilizar métodos pouco aconselháveis para os dias de hoje. Recomendo este filme, pois é muito lindo e emocionante, mais que isso, a história da vida de Helen Keller é um exemplo de coragem, persistência, fé e amor a vida. Ainda quero ver as versões de 1979 e a de 2000 ( da Disney )! Vale a pena ver esse filme e descobrir um pouco mais dessa mulher, que foi uma das grandes personalidades do século passado.

2 comentários:

  1. Chaine querida, que belo PA tu desenvolvestes!! Algo te cutucou, fostes atrás, as informações trouxeram mais questões e fostes de novo em busca de algo mais. Os registros estão perfeitos e tudo evidencia uma aitude investigativa. É simples o PA não? Basta ter um disparador inicial capas de mover o dono do PA.
    Um abração e parabéns!!
    Bea

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  2. olá...precisava conhecer a opinião das pessoas sobre o assunto, então digitei no Goggle e encontrei o teu escrito. Gostaria de saber o que tu quer dizer com:" ... apesar de utilizar métodos pouco aconselháveis para os dias de hoje."
    se caso tu refere-se a língua sinais, digo que está o método mais apropriado pois assim a menina adquiriu uma linguagem própria ja que está desprovida de sentido sensorial! é um assunto muito bom de ser problematizado...
    um abraço

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