Como você se sentiria sendo um estrangeiro em uma terra estranha? Um país onde ninguém falasse a sua língua e você não entendesse nada desta língua, costumes ou qualquer uma de suas simbolizações? Se você não entendesse nem sequer um simples sinal de trânsito ou a indicação de banheiro feminino e masculino? Que terra estranha e difícil de viver, você poderia até sentir-se mal, mas como acha que seria tratado? Por aqueles que vivessem neste mundo. Por analogia podemos dizer que esse é o mundo de Jonas. No filme "O nome dele é Jonas", o garoto não compreende a grande maioria das coisas que passam a sua volta. E por sua vez, não se faz compreender. As portas da comunicação estão chegadas, nem todo o amor de sua mãe lhe permite aproximar-se do filho. A sociedade, inclusive seu próprio pai, já não possuem a mesma paciência e interesse em tentar compreender Jonas. A primeira escola, a qual passa a frequentar não lhe dá suporte para decifrar a linguagem deste mundo que o cerca. Jonas é o estranho numa terra estranha. Se você fizesse um exercício de mentalização colocando-se como este estrangeiro, do qual me referia, talvez compreenda um pouco do que quero dizer. De nada adianta a criação de símbolos, sinais, ícones, convenções e a própria escrita, se o significante não chega a um indivíduo que interpretará os seus significados. Jonas tem ao seu redor um universo que utilizamos para comunicarmos, mas ele não sabe interpretá-los. A mensagem não chega ao interlocutor. Somente quando ele passa a compreender e interagir, através da linguagem de sinais, é que ele consegue entrar neste novo mundo que até então não lhe era permitido. Jonas deixa de ser um estrangeiro em sua própria terra!
Chaine,
ResponderExcluirOlá! Que interessante q escrevestes que "Jonas deixa de ser um estrangeiro em sua própria terra!". Adorei o texto. Para lembrar o termo de LIBRAS é Língua Brasileira de Sinais, não é Linguagem. Abraços!