Muitos de meus alunos não tinham feito a sua carteira de identidade ainda. Eles estão estudando sobre suas identidades, suas origens, suas peculiaridades, suas qualidades e aprendendo a ter orgulho de quem são. Não um orgulho egoísta e vaidoso, mas um orgulho construtivo e valorizante. A identidade para estas crianças tem um valor muito mais simbólico do que prático. Não serão cobradas por não a possuírem, não perderam seus direitos assegurados com suas certidões de nascimento. Estas eles já estudaram, sabem quem são seus avôs, seus pais, seus padrinhos, onde e quando nasceram. A carteira é uma recordação, um comprovante para dizerem quem são. É o concreto, o palpável daquilo que lhes representa. Fiz um esforço para conseguir com que todos tivessem a oportunidade de confeccionar suas carteiras. Após algum malabarismo consegui agendar junto ao Departamento de Identificação (Porto Alegre) para todos poderem fazer no mesmo dia. Faltava o transporte, desta vez nem com prestidigitação foi possível conseguir um ônibus de graça, lamentavelmente nossos velhos colaboradores não puderam nos prestar esse favor. O jeito foi fretar um ônibus a ser pago pelos alunos. Nem todos fizeram parte desta atividade, muitos já há possuíam, outros simplesmente não tiveram interesse de fazer agora: é muito cedo, pensaram alguns pais. Outros infelizmente, talvez por não puderem pagar o transporte, não se manifestaram.
O grupo saiu faceiro. Empolgados sim, mas ordeiros. Foram disponibilizados quatro guichês para meus alunos puderem confeccionar as carteiras. Sempre que aparecia uma senhora grávida ou um idoso eles gentilmente sediam sua vez. Foram indo aos poucos e quando faltavam três alunos a fila dos outros guichês havia aumentado e optamos por compartilhar a fila comum para evitarmos maiores transtornos retribuindo a gentileza que o pessoal do Instituto Geral nos fez. Tiramos fotos de lembranças e agradecemos a acolhida. Meus alunos deram uma aula de civilidade e cidadania, me enchendo do mesmo orgulho que gostaria que eles tivessem de ser quem são.
O grupo saiu faceiro. Empolgados sim, mas ordeiros. Foram disponibilizados quatro guichês para meus alunos puderem confeccionar as carteiras. Sempre que aparecia uma senhora grávida ou um idoso eles gentilmente sediam sua vez. Foram indo aos poucos e quando faltavam três alunos a fila dos outros guichês havia aumentado e optamos por compartilhar a fila comum para evitarmos maiores transtornos retribuindo a gentileza que o pessoal do Instituto Geral nos fez. Tiramos fotos de lembranças e agradecemos a acolhida. Meus alunos deram uma aula de civilidade e cidadania, me enchendo do mesmo orgulho que gostaria que eles tivessem de ser quem são.
Importante trabalho Chaine! Muito legal oportunizares este momento para teus alunos. Bjs, Maura - tutora do SI
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