Quando vejo o desempenho de alguns alunos fico pensando se não há algo errado. Quanta dificuldade. Muitas herdadas, outras passadas adiante, outras ignoradas. Alunos chegando a um terceiro ano, sem saber ler ou escrever. E, em nome de programas governamentais são “incentivados” a passarem de ano. Crianças com problemas comportamentais sérios. Mal educadas em todos os sentidos. Desinteressadas e criadas com desleixo. Parece que não existem mais pais, que os professores desistiram de acreditar na educação transformadora, que os educadores acham que a responsabilidade é dos governantes. Vivemos uma nova era. A informática facilitou muita coisa, e parece que não a aproveitamos. Os jogos eletrônicos deveriam servir para desenvolver o raciocínio, o aprendizado, a lógica e percepção dos jovens e crianças. Mas o que vemos é o incentivo a violência, o ócio, a indolência, o isolamento. Os “torpedos”, as salas de chat, os jogos em grupo pela rede, em vez de incentivarem a escrever e ler, tornam-se portas para os vícios de escrita e linguagem. A televisão emburrece, o apelo sexual é mais forte que o educacional. Culpa dos nossos filhos, ou dos pais que criam os hábitos que vão ser copiados. Hoje em dia não existe mais a desculpa de que não se lê porque os livros são caros. Continuam caros sim, mas se gasta mais tomando cerveja num final de semana, do que comprando um livro que pode passar de mão em mão. Tem mais gente nas filas de cinema que nas bibliotecas. Pais que são vistos lendo certamente incentivam os filhos a leitura. Mas no final das contas quem é o culpado? A pergunta aqui deveria ser outra: - Como vamos encontrar uma solução? Os pais devem ser chamados a participarem da educação de seus filhos, partindo de sua própria. O simples ato de desligar a televisão por uma hora e dedicarem-se a leitura de um livro incentiva a criança a aprender a ler. Desperta a curiosidade do jovem. Por que se pode ter prazer com um bom livro? Certas coisas deveriam vir de berço. Ensinar a respeitar os outros, a ser gentil, a cuidar de sua higiene, a ser civilizado, a conservar o patrimônio público e alheio, a não matar, não roubar, não soquear os colegas. E todos tantos outros "NÃOS", que são necessários à nossa educação, impor limites também é educar. "Quem ama educa!" E quem educa também deveria aprender a amar um pouco mais. Aprender com a incapacidade de uma sociedade de educar seus filhos e tentar dar o melhor de si. Mesmo sabendo que talvez, nem pais, muito menos nossos governantes estejam interessados nisso.
quinta-feira, abril 08, 2010
Quem cuidará de nossas crianças?
Quando vejo o desempenho de alguns alunos fico pensando se não há algo errado. Quanta dificuldade. Muitas herdadas, outras passadas adiante, outras ignoradas. Alunos chegando a um terceiro ano, sem saber ler ou escrever. E, em nome de programas governamentais são “incentivados” a passarem de ano. Crianças com problemas comportamentais sérios. Mal educadas em todos os sentidos. Desinteressadas e criadas com desleixo. Parece que não existem mais pais, que os professores desistiram de acreditar na educação transformadora, que os educadores acham que a responsabilidade é dos governantes. Vivemos uma nova era. A informática facilitou muita coisa, e parece que não a aproveitamos. Os jogos eletrônicos deveriam servir para desenvolver o raciocínio, o aprendizado, a lógica e percepção dos jovens e crianças. Mas o que vemos é o incentivo a violência, o ócio, a indolência, o isolamento. Os “torpedos”, as salas de chat, os jogos em grupo pela rede, em vez de incentivarem a escrever e ler, tornam-se portas para os vícios de escrita e linguagem. A televisão emburrece, o apelo sexual é mais forte que o educacional. Culpa dos nossos filhos, ou dos pais que criam os hábitos que vão ser copiados. Hoje em dia não existe mais a desculpa de que não se lê porque os livros são caros. Continuam caros sim, mas se gasta mais tomando cerveja num final de semana, do que comprando um livro que pode passar de mão em mão. Tem mais gente nas filas de cinema que nas bibliotecas. Pais que são vistos lendo certamente incentivam os filhos a leitura. Mas no final das contas quem é o culpado? A pergunta aqui deveria ser outra: - Como vamos encontrar uma solução? Os pais devem ser chamados a participarem da educação de seus filhos, partindo de sua própria. O simples ato de desligar a televisão por uma hora e dedicarem-se a leitura de um livro incentiva a criança a aprender a ler. Desperta a curiosidade do jovem. Por que se pode ter prazer com um bom livro? Certas coisas deveriam vir de berço. Ensinar a respeitar os outros, a ser gentil, a cuidar de sua higiene, a ser civilizado, a conservar o patrimônio público e alheio, a não matar, não roubar, não soquear os colegas. E todos tantos outros "NÃOS", que são necessários à nossa educação, impor limites também é educar. "Quem ama educa!" E quem educa também deveria aprender a amar um pouco mais. Aprender com a incapacidade de uma sociedade de educar seus filhos e tentar dar o melhor de si. Mesmo sabendo que talvez, nem pais, muito menos nossos governantes estejam interessados nisso.
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Sim Chaine, é impressionante o ponto que está a educação hoje, os vínculos familiares parecem estar enfraquecidos, e isso aparece em sala de aula. Fiquei pensando o que em teu estágio te levou a pensar tais questões. É interessante que faças sempre uma relação, refletindo sobre tua semana de trabalho, ok! Bjs, Maura - tutora do SI
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