quinta-feira, dezembro 16, 2010

O fim. Um novo começo.

Meu blog, meu diário, minhas alegrias, minhas lamentações, minhas dúvidas, minhas certezas, minhas descobertas, minhas contribuições, meus equívocos. Tudo chegou ao fim. O fim de uma etapa. Aqui ficaram registrados meus passos pelo PEAD. Aqui ficaram minhas construções e minha avaliação desde longo caminho percorrido. Relendo meu blog até aqui consigo identificar as diferentes interdisciplinas que fizeram parte de meu histórico. Percebo os momentos em que fui bem ou mau. Em que dei tudo de mim, ou nem tanto. Os momentos em que me senti realizada ou frustrada. O aprendizado não termina no final da faculdade, assim como o blog não deveria terminar. A vida é um eterno aprender. Agora chegou a hora de receber os louros da vitória (assim espero) e descansar. Mesmo que eu nunca mais venha a escrever no meu blog ou no meu portfólio, estes permaneceram. Estarão acessíveis àqueles que tiverem interesse em conhecer um pouco de minhas experiências e meus relatos. E assim como o meu, os de minhas colegas. Não são trabalhos que ficaram guardados dentro de um caderno velho e esquecido. São experiências que poderão ser compartilhadas e multiplicadas. Não ficaram restritas a um lugar ou há um tempo. Não sei quanto tempo estarão disponíveis on-line, nem se alguém um dia as virá a ler novamente, mas fico feliz em saber que talvez um dia em algum lugar alguém os leia e deixe um comentário para registrar a sua passagem. Lembro de alguns livros que pegava numa biblioteca, onde o registro da última leitura ficava registrado em uma ficha anexada ao livro. Umas poucas leituras com intervalo de anos entre elas. Um livro esquecido por anos, mas que foi útil ou agradável a um leitor em algum momento da vida. Seu autor, talvez até morto, não teve conhecimento de que um dia eu leria aquele livro. Assim é meu blog e meu portfólio, não sei quem o vai ler, nem quando. Talvez seja um texto que escrevi apenas para ser avaliada, por necessidade ou pura diversão. Talvez sejam breves palavras, quase inconseqüentes ou um momento da mais pura reflexão. Não importa. Sinto falta de nunca ter escrito um livro, talvez um dia tenha a capacidade de escrevê-lo. Este é o caminho da imortalidade, não ser esquecido entre os homens. Meu blog e meu portfólio estarão aqui para reviverem-me, um pouco de mim na memória dos que a lerem. Eu própria certamente vou rever minhas anotações sempre que tiver necessidade de retomar algum conhecimento esquecido. Não precisarei consultar livros ou anotações alheias, poderei reler o que aprendi e registrei durante esta faculdade. Foi um processo longo e contínuo. Senti melhoras ao longo do curso. Ao rever o blog e o portfólio como um conjunto posso ver o caminho que percorri. Olho para trás e vejo os meus primeiros passos, olho para frente e vejo minha formatura. Só posso dizer uma coisa: foi um privilégio estar com vocês.

quinta-feira, novembro 18, 2010

O começo do fim

Nas últimas postagens vim fazendo uma retrospectiva de todos os eixos pelos quais passei até aqui. Finalmente chegamos ao último. Finalmente, não porque meu trabalho vai acabar, pois vou precisar retomar algumas reflexões para não ir para o tronco, mas porque todo nosso aprendizado, até aqui, tem somente um destino: nossos alunos. E é justamente em nossos estágios que colocamos em prática tudo que aprendemos. É claro que minhas turmas foram se beneficiando ao longo desses semestres com uma melhora na bagagem pedagógica de sua professora, porém é no estagio que vamos registrar essas experiências.

Trabalhei com a construção da identidade de meus alunos como tema gerador de minha proposta de estágio. Creio que hoje ao chegar à fase final do curso, eu mesma me questione qual a minha identidade? Nossa identidade é construída ao longo da vida, como diria Freire, somos seres em construção. E por estarmos em constante formação, e esperamos melhorias, poderia dizer que ao final de meu curso me considero uma professora mais capacitada que no inicio desta jornada. O estágio é um momento em que tudo deve ser planejado, executado o mais próximo possível desse planejamento e os resultados devem ser devidamente registrados. A importância do registro é tentar passar um pouco de nossas experiências, com nossos acertos e erros, de modo a compartilhar esse conhecimento. Não somos juízes e não criamos jurisprudências, mas podemos aprender com nossos colegas. Meu estágio foi uma experiência nova, mesmo para uma professora de carreira, mesmo não sendo meu primeiro estágio. Como nenhum aluno é igual a outro, e nenhuma turma é igual a outra, todo inicio de ano é uma experiência nova. Minha prática de ensino se renova a cada ano. Minhas experiências aumentam a cada ano. O estágio é um momento único, não porque vá me esforçar mais do que em minha prática habitual. Isto já procuro fazer normalmente a cada ano, dar o melhor de mim para que o ano seja melhor que o anterior. O estágio é diferente, porque é o momento em que além de usarmos toda a teoria que aprendemos ainda precisamos dizer qual fundamento teórico utilizamos escrevendo e anotando tudo em detalhes e sendo avaliadas. A prática e a teoria se fundem em uma só atividade.

Quase perdi o fio do tirocínio. Como estava falando, feliz de quem passa a vida construindo sua identidade e não tem a petulância de se achar um ser completo e acabado, com todas as suas verdades prontas. Ajudei meus alunos na construção de suas identidades e eles me ajudaram na construção das minhas. Ter opinião não significa que não se possam mudá-las. Ter conhecimento não significa que não se possam ampliá-lo. Conhecer a verdade não significa que ela seja absoluta ou a única existente.

terça-feira, novembro 16, 2010

Resposta

Quer saber qual o aprendizado que tive com a interdisciplina de LIBRAS?
Nosso governo teve a feliz idéia de acabar com as escolas e turmas de ensino especial, para pessoas portadoras de necessidades especiais. Viva a inclusão! Tudo muito bonitinho como no comentário do post anterior. Pois eu te respondo, meu aprendizado de Libras me capacita tanto quanto a capacitação que me foi oferecida pelo governo. Olho para os lados e cada vez mais percebo que importante mesmo é ser amigo do rei. Se o povo reclama de fome e da falta de pão, porque não comem brioches? Meu aprendizado de LIBRAS me fez perceber que em terra de cego quem tem um olho é rei. Infelizmente não sou amigo de nenhum rei caolho. Meu aprendizado de LIBRAS, mesmo com o curso que já havia feito anteriormente (por minha conta, para me capacitar), me fez perceber que sou surda. Não vou dizer que sou totalmente “muda”, porque tenho capacidade de pedir água e pão através de mímica. O que ajudou na minha prática? Depende do ponto de vista, infelizmente o meu é deficiente e cego. Agora me mostre um aluno desta interdisciplina que aprendeu LIBRAS o suficiente para mudar suas práticas com um deficiente auditivo. Creio que a cadeira nem se destinava a nos tornar aptas nessa linguagem, se alguém achou isso creio que não deve estar falando do mesmo curso que fiz. Como introdução a este interessante recurso, ótimo, agora me perguntar qual foi a aprendizado que fiz e a relação entre a teoria e prática? Ótimo tem tutoras no curso. Ótimo, viva a inclusão. Pena que não sou amiga do rei. Lembro das dificuldades que todas tivemos para traduzir uma pequena conversa que nos foi apresentada em vídeo. Mesmo com tempo , ajuda de dicionários de LIBRAS e outros recursos, o resultado prático foi um terror. Queria ver, tentarmos acompanhar uma conversa animada de surdos num ônibus. Ultimamente ando lendo os blogs de meus colegas e os comentários que são postados, hoje como no dia 16/09/2009 posso dizer que muita coisa não mudou, nem vai mudar. Meu blog sim mudou um pouco, já não me esforço mais como antigamente, sou uma aluna relapsa, dou a minha mão a palmatória. Mas meu pior defeito é não ser amiga do rei, e nem querer ser.

quinta-feira, novembro 04, 2010

SUPERações

Há um ano estávamos trabalhando com LIBRAS, meu blog registrou esse momento falando sobre LIBRAS e sobre os deficientes visuais e auditivos. Ao ter que escrever meu blog, meu TCC e outros trabalhos da faculdade me senti meio deficiente. Pareceu-me que não seria capaz de dar conta do recado. Mesmo com todos os cinco sentidos funcionando perfeitamente senti como que paralisada em minhas plenas faculdades. E por coincidência foi justamente em outubro do ano passado que falei sobre o mágico de OZ. Nele encontro as respostas para meus anseios: a coragem de continuar, o cérebro para escrever e o amor para dedicar-me. Não preciso andar pela estrada de tijolinhos amarelos para encontrar o que está dentro de mim. Não preciso passar pelas mesmas dificuldades que Jonas para poder aprender. Preciso sim, me esforçar e dar tudo de mim para que as outras pessoas ouçam e leiam o que tenho a dizer. Esforço, muito maior, é preciso para aprender a falar em LIBRAS e quando vejo um grupo de surdos falando animadamente percebo que a deficiência esta em quem se deixa vencer. Ninguém disse que o aprendizado é algo fácil. Mas o esforço de continuar, tanto deve ser do educando como do educador. Como professora, faço o possível para que meus alunos superem suas dificuldades e consigam alcançar os objetivos propostos. Como aluna acho que me deixei abater, apesar dos esforços de meus educadores. Mas nunca é tarde para superar nossas deficiências, mesmo que tenhamos de repetir ou morrer tentando. De nada adiantaria incentivar meus alunos a levarem seus estudos a sério, se eu mesma não acredito que isso seja possível. Estamos na reta final, hora de dar o último “sprint” rumo à vitória.




sábado, outubro 30, 2010

True Colors


No eixo VI fiz muitas postagens sobre a disciplina Questões Étnico-raciais na Educação, História e Sociologia. Por ser afro-descendente sempre me identifiquei com o tema. Apesar de não concordar com a forma que foi abordado esse tema procurei participar da melhor maneira possível. Sempre tratei as questões étnico-raciais e a luta contra os preconceitos em minha sala de aula. Creio que quanto mais o assunto for debatido, melhores serão os resultados. Racismo é crime, quando esta lei pegar de fato viveremos numa sociedade muito mais solidária e justa. Acabar com os preconceitos não deve restringir-se a etnia racial, mas também ao preconceito aos portadores de necessidades especiais (outra interdisciplina do eixo VI), aos “feios” (como pretendo relatar a experiência em meu TCC) e toda ou qualquer forma de preconceito geradores do famigerado bullying. Neste ano de 2010, estamos muito mais próximos de concretizar o sonho de Martin Luther King em seu discurso de 1963, mas infelizmente ainda é apenas um sonho que temos que construir para tornar-se realidade. Muito se tem feito e muito ainda temos de fazer. Diga não ao racismo, diga não ao preconceito de qualquer espécie, diga não ao bullying.

Crítica e Autocrítica


Ao rever a interdisciplina Organização e Gestão da Educação, que estudamos no eixo V, destaquei uma frase na mensagem de apresentação do módulo:

“... Isso significa que em muitos momentos precisaremos nos tornar auto críticos e nos posicionarmos sobre as práticas que ajudamos a instituir com nossas vozes ou com nossos silêncios.”

Agora ao escrever meu TCC deparei-me com o a mesma autocrítica. Minhas pesquisas apontam para o fato da escola exercer uma posição dominadora sobre as famílias, procurando impor sua forma de educação sem levar em conta os pais ou os alunos. Tal posição da escola enquanto instituição, e a mim como membro dela, me fez questionar até que ponto eu venho reproduzindo esta ideologia dominante e o que tenho feito para fugir dela. As leituras de Paulo Freire, que venho fazendo de ao longo de toda a faculdade, fazem com que eu tenha uma postura mais construtivista em relação a educação de meus alunos. Procuro fugir das formas prontas e chamar os alunos a participarem da construção de seu aprendizado, valorizando sua cultura e seus conhecimentos. Mas como professora inserida em uma instituição de ensino, sou obrigada ao mesmo tempo a me adaptar ao que é exigido pelos responsáveis pela nossa gestão de ensino. Nossa autocrítica diária deve permear nossa relação com nossos alunos, nossa relação com a escola e sua organização deve ser sempre visando o melhor para os educandos.

Quem tem medo da matemática?


No eixo IV estudamos a interdisciplina “Representação do mundo pela Matemática”, lembro de ter comentado em meu blog que nunca tinha tido boas relações com esta matéria. Todos nós temos preferências por uma ou outra matéria, aptidão para determinadas coisas e outras nem tanto. Para a grande maioria dos estudantes a matemática é um bicho papão. A mais temível das disciplinas! Não deveria ser assim, como vimos nessa interdisciplina a matemática esta relacionada a quase tudo que nos cerca. Nem sempre a notamos, mas se formos verificar ali esta ela com suas fórmulas perfeitas. Foi utilizada até mesmo por pintores que procuravam alcançar a beleza através dos números. Apesar de nunca ter gostado de matemática reconheço a sua importância. Ela é o pilar das ciências exatas. Incentivar o seu ensino é pensar num futuro cheio de aplicações e de desenvolvimento tecnológico. Desenvolver o gosto da matemática em nossos alunos é desenvolver futuros cientistas e engenheiros. Apesar de ter vocação para as áreas humanas, gosto muito da matemática, pena que ela não goste de mim. Mas como professora não posso transparecer esta minha inaptidão, afinal eu sei que esta matéria, como qualquer outra, só requer um pouco de dedicação para ser melhor compreendida. A interdisciplina “Representação do mundo pela Matemática” nos permite perceber como podemos atrair nossas crianças para este interessante mundo. Talvez se meus antigos professores conhecem as ferramentas as quais fomos apresentadas, eu tivesse tido uma aproximação mais amistosa e prazerosa com esta disciplina.

Educar é uma arte!


No eixo III tivemos uma aula sobre o lúdico em nossas vidas. Tanta coisa boa: Artes Visuais, Literatura Infanto-Juvenil e Aprendizagem, Ludicidade e Educação, Música na Escola e Teatro e Educação, além do Seminário Integrador III. Revi meu blog e minha primeira visita ao Tholl, fiquei encanta. Gostei tanto que em 2009 consegui programar para levar meus alunos. Certa vez ouvi um comentário de uma mãe que dizia que eu adorava levar meus alunos para passear. Não sei se foi em tom pejorativo ou elogio. Poderia estar dizendo que os passeios são desculpa para não dar aula (como alguns pensam a respeito dessas atividades) ou que os passeios proporcionam um enriquecimento para meus alunos. Em minha sala de aula todos somos artistas, apreciadores de arte, pintores, artistas plásticos, críticos de cinema, atores e até palhaços, porque não? Para aprender não é preciso fazer cara feia ou ficar restrito ao preto no branco. Comecei trabalhando com as obras do Miró, agora já arrisco até um Renoir. A hora do conto, tem direito a fantasia e pintura no rosto. E para ir ao teatro é uma festa, precedido de muito trabalho para arrecadar dinheiro, conseguir ônibus, reservar lugares. Para trazer as artes para sala de aula, ou levar nossos alunos até ela, não é preciso muito, um pouquinho de boa vontade, uma pitadinha de amor, de paciência e de colaboração. Mas no fim o sorriso de cada um compensa qualquer trabalho despendido. Educar é uma arte.

Ideologia


Nossa trajetória no PEAD iniciou lá no eixo I, neste semestre tivemos uma disciplina chamada Escola, Cultura e Sociedade. Estudamos entre outras coisas sobre a visão da educação em Marx e Engels, e é deles que extraio um resumo registrado em meu blog:

A classe dominante (burguesia) impõem seus valores e idéias como sendo a única visão correta, fazendo com que a classe trabalhadora absorva esses valores e pense como a classe dominante, encaixando-se nesse padrão de vida e se submetendo a exploração. Para eles a educação desempenha o papel de transmitir a ideologia da classe dominante, as regras de funcionamento da escola, seus conteúdos e abordagens só vêm reproduzir a desigualdade na sociedade capitalista. A educação fornecida para os trabalhadores têm o objetivo de reforçar a ideologia da classe dominante como correta e fazer com que se aprenda apenas o necessário e suficiente para lidar com os seus instrumentos de trabalho, disciplinando-os e treinando-os, tornando-os assim "eficientes". Os estudos de Paulo Freire nos alertam sobre o mal da “educação bancária”, lendo Marx diríamos “a educação que agrada os banqueiros”. Como professores devemos nos “auto-policiar” para não sermos reprodutores desta ideologia. Devemos ser críticos e fazer com que nossos alunos tenham posicionamentos críticos. O professor que apenas reproduz o conteúdo que deve ser recebido pelos alunos é um “ditador”, pois impõe o seu domínio sobre desrespeitando a cultura dos alunos. Marx e Engels não eram educadores mas escreveram sobre educação. Criticaram a religião, o ópio do povo, e a sociedade capitalista. Jesus não se envolveu em política e também não era educador, mas seus ensinamentos ficaram na história:

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (João 8: 32)

domingo, outubro 17, 2010

Uma carta aos que estiveram lá...

Oi amigos,
É com muito amor, paz, alegria, satisfação, uma felicidade muito grande e tantas outras coisas tão boas que nem sei descrever, é que escrevo essa carta.
Obrigada aos que estiveram em Gramado/Canela, no dia histórico de 10/10/2010. E as que não foram até lá de corpo presente, mas que o coração estava lá... Coração apertado, com medo de deixar seus “bebezinhos” lindos, fofos e com certeza muito amados aos com certeza muito amados aos cuidados de uma professora maluquinha (e um pouquinho chorona)... Ainda agora as lágrimas insistem em sair de olhos marejados de tanta felicidade.
Tive muito trabalho (acho que perceberam, não?), mas cada minuto, cada segundo, cada milésimo de segundo valeu a pena ao ver nossos* bebezinhos de diversos tamanhos com suas chupetinhas na boca, passeando por lá. (*nossos porque quando vocês os deixam comigo, passo a amá-los como se fossem meus também, isso é inevitável).
Então agora, vai os meus parabéns aos nossos bebezinhos, bebezões e companhia ilimitada. O dia foi 10! E vocês mais, muito mais de 1000. Obrigada pelo comportamento show de bola! Se a “sora” chamou a atenção de vocês ou rolou um “stress”, vocês levaram na boa, de boa. Me deixaram respirar, relaxar, achar o rumo e tocar o barco, afinal eu sou o comandante e vocês minha tripulação. Vocês são uma sementinha que plantei no coração, cuidei com muito amor, tanto amor que um baobá lindo nasceu. Aquela semente pequenininhazinha se transformou em um baobá imenso que vai durar mais, muito mais que 6000 mil anos.
Aos motoristas, amigos, distribuidores de chocolate e a todos outros “anjo” e amigos invisíveis que estavam lá, meu muito obrigada da minha alma realizada e em paz.
Vou contar uma coisa (segredinho), quando cheguei em casa todo meu corpo doía, partes que eu nem sabia que tinha fiquei descobrindo, que existiam, por causa da dor. Mas valeu! Valeu messssssmo!
Não queria escrever tanto, mas não consigo parar.
Só quero que lembrem sempre de duas coisas:
1º O que fiz foi pensando em me promover, não quero cargo na escola, nem sou candidata à vereadora, nem nada assim, só quero realizar um pedacinho (por mínimo) que seja. Sabe qual é o meu sonho? Consertar o mundo! Não o mundão do globo terrestre. Não o Haiti. Não vou rezar pelo Haiti (até posso, porque não?!). Mas a verdade é que quero consertar o mundo e colocar no rosto daquele que está ali do meu lado, esperando desesperado na frente da porta da sala de aula para entregar seu filho àquela professora tão pequenininha, quase do tamanho deles ou até um pouco menor. Mas com um coração imenso dentro e ao redor dela.
2º Sempre, sempre, SEMPRE acreditem nos seus sonhos, corram atrás e peçam que um anjinho passe ao lado e diga: Amém!
Sonhar é preciso, é necessário e acreditar faz o sonho acontecer!
Uns dias antes de irmos até o “local mágico”, uma aluna acompanhada de sua colega e amiga confidente foram até a minha mesa, e então ela disse:
- Sora, depois que formos pra Gramado, vamos ir pra Santa Catarina?
Essa guria “tá loca”! Da onde vou tirar dinheiro pra isso?! (pensamento). Respondi:
- Calma, querida, nem fomos para Gramado e SC é tão longe. Quem sabe mais perto? Mas vamos ver, quem sabe?
E fiquei horas, dias pensando... Essa guria tá doida! E deixei-a sonhar, porque não? Não temos o direito de assassinar o sonho de ninguém! Agora descobri. Ela não é doida. É apenas uma “aluna da professora maluquinha” e está dando seus primeiros passos na arte de sonhar.
Por isso, não se esqueçam de SONHAR!
Enfim,
Obrigada, obrigada, obrigada!
Foi MARA! M A R A V I L H O S O!
P.S.1 Desculpem o atraso!
P.S.2 Sim, foi uma Disneylandia!