PENSO, LOGO INSISTO
quinta-feira, dezembro 16, 2010
O fim. Um novo começo.
quinta-feira, novembro 18, 2010
O começo do fim
Nas últimas postagens vim fazendo uma retrospectiva de todos os eixos pelos quais passei até aqui. Finalmente chegamos ao último. Finalmente, não porque meu trabalho vai acabar, pois vou precisar retomar algumas reflexões para não ir para o tronco, mas porque todo nosso aprendizado, até aqui, tem somente um destino: nossos alunos. E é justamente em nossos estágios que colocamos em prática tudo que aprendemos. É claro que minhas turmas foram se beneficiando ao longo desses semestres com uma melhora na bagagem pedagógica de sua professora, porém é no estagio que vamos registrar essas experiências.
Trabalhei com a construção da identidade de meus alunos como tema gerador de minha proposta de estágio. Creio que hoje ao chegar à fase final do curso, eu mesma me questione qual a minha identidade? Nossa identidade é construída ao longo da vida, como diria Freire, somos seres em construção. E por estarmos em constante formação, e esperamos melhorias, poderia dizer que ao final de meu curso me considero uma professora mais capacitada que no inicio desta jornada. O estágio é um momento em que tudo deve ser planejado, executado o mais próximo possível desse planejamento e os resultados devem ser devidamente registrados. A importância do registro é tentar passar um pouco de nossas experiências, com nossos acertos e erros, de modo a compartilhar esse conhecimento. Não somos juízes e não criamos jurisprudências, mas podemos aprender com nossos colegas. Meu estágio foi uma experiência nova, mesmo para uma professora de carreira, mesmo não sendo meu primeiro estágio. Como nenhum aluno é igual a outro, e nenhuma turma é igual a outra, todo inicio de ano é uma experiência nova. Minha prática de ensino se renova a cada ano. Minhas experiências aumentam a cada ano. O estágio é um momento único, não porque vá me esforçar mais do que em minha prática habitual. Isto já procuro fazer normalmente a cada ano, dar o melhor de mim para que o ano seja melhor que o anterior. O estágio é diferente, porque é o momento em que além de usarmos toda a teoria que aprendemos ainda precisamos dizer qual fundamento teórico utilizamos escrevendo e anotando tudo em detalhes e sendo avaliadas. A prática e a teoria se fundem em uma só atividade.
Quase perdi o fio do tirocínio. Como estava falando, feliz de quem passa a vida construindo sua identidade e não tem a petulância de se achar um ser completo e acabado, com todas as suas verdades prontas. Ajudei meus alunos na construção de suas identidades e eles me ajudaram na construção das minhas. Ter opinião não significa que não se possam mudá-las. Ter conhecimento não significa que não se possam ampliá-lo. Conhecer a verdade não significa que ela seja absoluta ou a única existente.
terça-feira, novembro 16, 2010
Resposta
quinta-feira, novembro 04, 2010
SUPERações
sábado, outubro 30, 2010
True Colors
Crítica e Autocrítica
“... Isso significa que em muitos momentos precisaremos nos tornar auto críticos e nos posicionarmos sobre as práticas que ajudamos a instituir com nossas vozes ou com nossos silêncios.”
Agora ao escrever meu TCC deparei-me com o a mesma autocrítica. Minhas pesquisas apontam para o fato da escola exercer uma posição dominadora sobre as famílias, procurando impor sua forma de educação sem levar em conta os pais ou os alunos. Tal posição da escola enquanto instituição, e a mim como membro dela, me fez questionar até que ponto eu venho reproduzindo esta ideologia dominante e o que tenho feito para fugir dela. As leituras de Paulo Freire, que venho fazendo de ao longo de toda a faculdade, fazem com que eu tenha uma postura mais construtivista em relação a educação de meus alunos. Procuro fugir das formas prontas e chamar os alunos a participarem da construção de seu aprendizado, valorizando sua cultura e seus conhecimentos. Mas como professora inserida em uma instituição de ensino, sou obrigada ao mesmo tempo a me adaptar ao que é exigido pelos responsáveis pela nossa gestão de ensino. Nossa autocrítica diária deve permear nossa relação com nossos alunos, nossa relação com a escola e sua organização deve ser sempre visando o melhor para os educandos.
Quem tem medo da matemática?
No eixo IV estudamos a interdisciplina “Representação do mundo pela Matemática”, lembro de ter comentado em meu blog que nunca tinha tido boas relações com esta matéria. Todos nós temos preferências por uma ou outra matéria, aptidão para determinadas coisas e outras nem tanto. Para a grande maioria dos estudantes a matemática é um bicho papão. A mais temível das disciplinas! Não deveria ser assim, como vimos nessa interdisciplina a matemática esta relacionada a quase tudo que nos cerca. Nem sempre a notamos, mas se formos verificar ali esta ela com suas fórmulas perfeitas. Foi utilizada até mesmo por pintores que procuravam alcançar a beleza através dos números. Apesar de nunca ter gostado de matemática reconheço a sua importância. Ela é o pilar das ciências exatas. Incentivar o seu ensino é pensar num futuro cheio de aplicações e de desenvolvimento tecnológico. Desenvolver o gosto da matemática em nossos alunos é desenvolver futuros cientistas e engenheiros. Apesar de ter vocação para as áreas humanas, gosto muito da matemática, pena que ela não goste de mim. Mas como professora não posso transparecer esta minha inaptidão, afinal eu sei que esta matéria, como qualquer outra, só requer um pouco de dedicação para ser melhor compreendida. A interdisciplina “Representação do mundo pela Matemática” nos permite perceber como podemos atrair nossas crianças para este interessante mundo. Talvez se meus antigos professores conhecem as ferramentas as quais fomos apresentadas, eu tivesse tido uma aproximação mais amistosa e prazerosa com esta disciplina.
Educar é uma arte!
Ideologia
A classe dominante (burguesia) impõem seus valores e idéias como sendo a única visão correta, fazendo com que a classe trabalhadora absorva esses valores e pense como a classe dominante, encaixando-se nesse padrão de vida e se submetendo a exploração. Para eles a educação desempenha o papel de transmitir a ideologia da classe dominante, as regras de funcionamento da escola, seus conteúdos e abordagens só vêm reproduzir a desigualdade na sociedade capitalista. A educação fornecida para os trabalhadores têm o objetivo de reforçar a ideologia da classe dominante como correta e fazer com que se aprenda apenas o necessário e suficiente para lidar com os seus instrumentos de trabalho, disciplinando-os e treinando-os, tornando-os assim "eficientes". Os estudos de Paulo Freire nos alertam sobre o mal da “educação bancária”, lendo Marx diríamos “a educação que agrada os banqueiros”. Como professores devemos nos “auto-policiar” para não sermos reprodutores desta ideologia. Devemos ser críticos e fazer com que nossos alunos tenham posicionamentos críticos. O professor que apenas reproduz o conteúdo que deve ser recebido pelos alunos é um “ditador”, pois impõe o seu domínio sobre desrespeitando a cultura dos alunos. Marx e Engels não eram educadores mas escreveram sobre educação. Criticaram a religião, o ópio do povo, e a sociedade capitalista. Jesus não se envolveu em política e também não era educador, mas seus ensinamentos ficaram na história:
domingo, outubro 17, 2010
Uma carta aos que estiveram lá...
É com muito amor, paz, alegria, satisfação, uma felicidade muito grande e tantas outras coisas tão boas que nem sei descrever, é que escrevo essa carta.
Obrigada aos que estiveram em Gramado/Canela, no dia histórico de 10/10/2010. E as que não foram até lá de corpo presente, mas que o coração estava lá... Coração apertado, com medo de deixar seus “bebezinhos” lindos, fofos e com certeza muito amados aos com certeza muito amados aos cuidados de uma professora maluquinha (e um pouquinho chorona)... Ainda agora as lágrimas insistem em sair de olhos marejados de tanta felicidade.
Tive muito trabalho (acho que perceberam, não?), mas cada minuto, cada segundo, cada milésimo de segundo valeu a pena ao ver nossos* bebezinhos de diversos tamanhos com suas chupetinhas na boca, passeando por lá. (*nossos porque quando vocês os deixam comigo, passo a amá-los como se fossem meus também, isso é inevitável).
Então agora, vai os meus parabéns aos nossos bebezinhos, bebezões e companhia ilimitada. O dia foi 10! E vocês mais, muito mais de 1000. Obrigada pelo comportamento show de bola! Se a “sora” chamou a atenção de vocês ou rolou um “stress”, vocês levaram na boa, de boa. Me deixaram respirar, relaxar, achar o rumo e tocar o barco, afinal eu sou o comandante e vocês minha tripulação. Vocês são uma sementinha que plantei no coração, cuidei com muito amor, tanto amor que um baobá lindo nasceu. Aquela semente pequenininhazinha se transformou em um baobá imenso que vai durar mais, muito mais que 6000 mil anos.
Aos motoristas, amigos, distribuidores de chocolate e a todos outros “anjo” e amigos invisíveis que estavam lá, meu muito obrigada da minha alma realizada e em paz.
Vou contar uma coisa (segredinho), quando cheguei em casa todo meu corpo doía, partes que eu nem sabia que tinha fiquei descobrindo, que existiam, por causa da dor. Mas valeu! Valeu messssssmo!
Não queria escrever tanto, mas não consigo parar.
Só quero que lembrem sempre de duas coisas:
1º O que fiz foi pensando em me promover, não quero cargo na escola, nem sou candidata à vereadora, nem nada assim, só quero realizar um pedacinho (por mínimo) que seja. Sabe qual é o meu sonho? Consertar o mundo! Não o mundão do globo terrestre. Não o Haiti. Não vou rezar pelo Haiti (até posso, porque não?!). Mas a verdade é que quero consertar o mundo e colocar no rosto daquele que está ali do meu lado, esperando desesperado na frente da porta da sala de aula para entregar seu filho àquela professora tão pequenininha, quase do tamanho deles ou até um pouco menor. Mas com um coração imenso dentro e ao redor dela.
2º Sempre, sempre, SEMPRE acreditem nos seus sonhos, corram atrás e peçam que um anjinho passe ao lado e diga: Amém!
Sonhar é preciso, é necessário e acreditar faz o sonho acontecer!
Uns dias antes de irmos até o “local mágico”, uma aluna acompanhada de sua colega e amiga confidente foram até a minha mesa, e então ela disse:
- Sora, depois que formos pra Gramado, vamos ir pra Santa Catarina?
Essa guria “tá loca”! Da onde vou tirar dinheiro pra isso?! (pensamento). Respondi:
- Calma, querida, nem fomos para Gramado e SC é tão longe. Quem sabe mais perto? Mas vamos ver, quem sabe?
E fiquei horas, dias pensando... Essa guria tá doida! E deixei-a sonhar, porque não? Não temos o direito de assassinar o sonho de ninguém! Agora descobri. Ela não é doida. É apenas uma “aluna da professora maluquinha” e está dando seus primeiros passos na arte de sonhar.
Por isso, não se esqueçam de SONHAR!
Enfim,
Obrigada, obrigada, obrigada!
Foi MARA! M A R A V I L H O S O!
P.S.1 Desculpem o atraso!
P.S.2 Sim, foi uma Disneylandia!