segunda-feira, novembro 17, 2008

A que ponto chegamos?



Antes o magistério gaúcho, assim como outras categorias em diversos lugares do mundo faziam greve com o objetivo de aumento salarial. Nesse momento os professores da rede estadual, estão em greve para que nossos salários não sejam reduzidos e que nossas pseudovantagens, não sejam retiradas do nosso plano de carreira, que está em vias de extinção.
Esse projeto que a governadora leva à Assembléia com a proposta de elevar o salário para R$ 950,00, somando todas as vantagens funcionais, diferente do que estabelece a legislação nacional, que parte destes R$ 950,00 para calcular as vantagens, é um projeto absurdo e não podemos aceitá-lo.
Estamos em um momento muito delicado, nosso Estado, que sempre esteve à frente nas discussões políticas está sendo manipulado e dilacerado, por uma pessoa incompetente e desleal (sim, porque levar adiante um projeto desses numa semana e na outra aparecer na mídia como salvadora da pátria dizendo que o décimo terceiro será pago antecipadamente, coisa que não acontecia há cinco anos, isso é um golpe de mestre e com isso quer colocar a opinião pública contra a nossa classe), por esse e outros motivos, aderi a greve hoje. Aderi porque ainda acredito numa educação de qualidade, por tenho como objetivo de vida lutar por dignidade e democracia, e acima de tudo cidadania. Não poderia colocar minha cabeça no travesseiro e dormir com a consciência tranquila sabendo oque está acontecendo no nosso estado, quando fico de braços cruzados.
Somos um povo de luta, que traz um passado de glórias e lutas. Vamos relembrar nosso hino e honrar suas palavras "mostremos valor, constância, nesta ímpia e injusta guerra". Guerra injusta, sim. Porque desde que assumiu o poder Yeda Crusius, implantou um plano de sucateamento das escolas, dos recursos humanos, enturmação, e tantas outras idéias que só agravam os velhos problemas da educação. Essa é a hora de lutar! E nossa única arma é a greve, nossas férias podem ser adiadas, mas e nossos ideais, também podem? Vamos esperar até março para lutar pelos nossos direitos?
Vamos à luta, agora!

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